Estamos publicando uma série de matérias com soluções completas para a infraestrutura do seu projeto de construção. Já falamos sobre matérias-primas, produtos e tratamentos e ainda demos dicas sobre instalação.
Na série final sobre o assunto, vamos abordar temas como Dissipação de Calor, Compatibilidade Eletromagnética (CEM) e Rede de Aterramento.
Começamos essa série com o tema Dissipação de Calor e os Cabos de Energia. A perda de energia ocasionada durante a transmissão elétrica ocorre em forma de calor, a otimização da dissipação desse calor implica em uma economia significativa.
Quando percorrido por uma corrente elétrica, o núcleo do cabo de cobre ou alumínio aquece, e esse calor é dissipado. Isso é conhecido como efeito Joule e é causado pela resistividade do material (capacidade de resistir à passagem de uma corrente elétrica). Essa resistividade aumenta com a temperatura.
Se confinado, o calor dissipado vai aumentar a temperatura ambiente, aumentando assim a resistividade.
Para permitir que a corrente continue percorrendo os cabos, mais energia terá de ser fornecida, o que eleva ainda mais o desperdício de energia.
A resistência R de um condutor (cabo) é proporcional a resistividade ρ do material, baseado na seção (S) e no comprimento (L). R = ρ x L/S.
Potência P dissipada pelo efeito Joule: P = R * I², onde I é a intensidade da corrente.
Uma das formas para solucionar esses efeitos é aumentar a seção dos cabos para reduzir a resistência, e outra forma, é ventilar os cabos para reduzir o aquecimento.
A tabela a seguir apresenta a comparação de capacidades nominais de corrente de um fabricante de cabos para os diversos tipos de instalação possível:
Observe que o uso de instalações mais ventiladas, e que portanto trabalham com temperaturas ambientes menores, pode aumentar a capacidade de condução em até 43%, num caso extremo.
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